A verdadeira santidade é a humanidade vivida e reconhecida

 

Convidado para escrever algo sobre Santo Inácio, neste 31 de julho, próximo, fiquei refletindo comigo mesmo: o que falar? Parece estranho, esta pergunta, uma vez que um jesuíta tem, pelo longo trajeto formativo, conteúdo para escrever longas e apaixonadas páginas sobre Inácio. Mas, a dificuldade de falar sobre Inácio não está na falta de conteúdo, mas na abundante quantidade de material disponibilizado. Foi, então, que outro questionamento se agregou à curiosidade inicial: o que é ser santo?

 

Sobre esta última curiosidade levantada, pus-me num exercício de imaginação para buscar ouvir Inácio de Loyola que fala, a partir do testemunho deixado por ele, sobre o que é ser santo. E o que se pode ouvir sobre a santidade é que ser santo é amar a humanidade que exala a presença de Deus em sua existência. É estar constantemente de mãos dadas com o nosso humano. Essa é a inspiração que me vem ao observar e ouvir Inácio: ser santo é não ter vergonha da criatura que somos e que faz parte da nossa constituição de filhos de Deus. Nosso Criador soprou em nossas narinas e nos deu a vida. Então, é partindo de nossa humanidade que experimentamos a verdadeira santidade.

 

Que testemunho/exemplos podemos seguir de Inácio a caminho da nossa santidade? Conhecer-se, desejar e reconhecer. São estes os três grandes movimentos – testemunho/exemplo – que saltam aos olhos acerca de Inácio de Loyola.

 

Inácio, sem sombra de dúvidas, conhecia muito bem suas ambições, sabia o que queria na sociedade que à qual pertencia. Ele lutava, arduamente, contra todos os tipos de forças que surgissem em seu caminho e o impedissem de alcançar os seus propósitos. A sua ambição, o seu desejo de ser o mais importante – como dizem os estudantes “ser o cara” – o levava a enfrentar tudo e todos em vista do que queria. Vejam que até a bala de canhão que o atingiu no joelho, se transforma em uma ação de Deus que o atingiu no coração. Inácio foi sempre obstinado no que queria!

 

Na motivação do jovem espanhol sempre estava um “mais”, posso ir além, posso ser mais e quero ser mais. Quanto mais o tempo passava, mais Inácio se conhecia e aumentava o seu desejo pelo MAGIS. Acredito que para Inácio o conhecimento de si foi o fortalecimento do âmbito do desejo para seguir o caminho apresentado por Deus.

 

O jovem espanhol foi um homem de fortes e profundos desejos. Inácio desejava muito. Não cabe aqui fazermos juízo do desejo, mas saborearmos a essência desses desejos. Se Inácio não fosse movido pelo desejo de ser o melhor diante da realeza da época, certamente não teria o mesmo fulgor e vigor de querer ser mais no serviço do Reino de Deus. É o desejo que nos move em nossas buscas, Inácio se moveu pelos seus desejos e nesse mesmo movimento foi capaz de reavaliar seus desejos, mas não deixar de desejar.

 

Conhecer-se e desejar faz com que haja reconhecimento – um caminho que é sempre de alteridade. Inácio, ao passo de seus movimentos de mudança pessoal, foi reconhecendo que Deus não o julgava em sua humanidade. Inácio sabia-se pecador, mas sabia que muito além de seu pecado estava Deus, corrigindo-o de seus escrúpulos e autojulgamento. Deus quis e fez com que Inácio continuasse a desejar, conhecendo-se e reconhecendo, a fim de galgar o degrau da profunda alteridade.

 

Inácio é um santo que hoje nos mostra que santidade é fruto de uma caminhada humana não temerosa de quem somos e desejamos. A santidade de Inácio nos abre para o grande desafio em nossos tempos: acolher a si e o outro. Foi isso que Deus fez com Inácio. E, experimentando tão profundo movimento de alteridade do Criador e o humano santo, Inácio, dispensou o mesmo que recebera de Deus aos seus primeiros irmãos de caminhada: acolheu-os, longe dos julgamentos, e potenciou o lado humano de cada um dos primeiros companheiros em vista também da santidade que passa impreterivelmente pelo serviço ao próximo.

 

Neste ano inaciano, peçamos a Santo Inácio que nos ajude na caminhada de conversão diária com passos firmes na estrada de Deus que nos leva sempre a servir aos nossos irmãos e irmãs, oferecendo-lhes tudo o que somos e temos, nossos dons. Façamos isso tudo para a maior Glória de Deus.

 

Por Pe. José Robson Silva Sousa, SJ

Diretor Acadêmico do Colégio dos Jesuítas

Professor Edelves Rosa Luna comemora um ano como Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas

Cerimônia de posse do Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, em 25/07/2020

 

Neste domingo (25), o Professor Edelves Rosa Luna comemorou um ano como Diretor Geral. Em mensagem enviada aos colaboradores compartilhou sua alegria, agradeceu pela acolhida e expressou o desejo de que toda a comunidade educativa se fortaleça cada vez mais.

 

“Agradeço o cuidado para comigo, a acolhida, a confiança e o explícito desejo de somar forças para cumprirmos a Missão do Cristo pelas mãos da Companhia de Jesus em Juiz de Fora”, afirmou o Diretor Geral.

 

O Professor Edelves relembrou sua chegada ao Colégio, o início da convivência com os colaboradores, a visita às estruturas físicas, o pontapé inicial do projeto do Espaço Nossa Senhora Imaculada (que vai receber os estudantes do Maternal III ao 2º Ano do Ensino Fundamental) e sua aproximação com a comunidade; também lamentou que a pandemia o tenha impedido de conhecer pessoalmente a grande parte dos colaboradores e desejou que em breve seja possível compartilhar um contato mais próximo no ambiente escolar.

 

Na mensagem, o Diretor Geral afirma ainda que, na Missa deste domingo, agradeceu ao Senhor pelo dom de colocar-se a serviço de toda a comunidade educativa e pediu a Ele que mantenha os colaboradores unidos no caminho por Ele desejado: cuidar da melhor educação para os estudantes do Colégio.

 

Por fim, o Professor Edelves Rosa Luna faz um agradecimento: “Meus colegas/amigos, meu fraterno abraço a cada um de vocês e seus familiares. Que nossa comunidade educativa seja cada dia mais forte e feliz, realizando-se no acompanhamento dos nossos estudantes e seus familiares”.

 

No dia 25 de julho de 2020, o Professor Edelves Rosa Luna começou a sua missão na liderança do Colégio dos Jesuítas, após cerimônia realizada na Capela Santo Inácio. Estiveram presentes na ocasião o Provincial dos Jesuítas do Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, que presidiu a Celebração acompanhado de outras lideranças jesuítas como o Diretor-Presidente da Rede Jesuíta de Educação (RJE), Irmão Raimundo Barros, SJ, além de outros jesuítas da comunidade. As orientações dos órgãos de saúde e da Arquidiocese de Juiz de Fora em relação à pandemia da covid-19, foram observadas.

 

Confira o vídeo da Celebração Eucarística que marcou a posse do Professor Edelves Rosa Luna como Diretor Geral do Colégio:

 

Avó é mãe com açúcar

 

 

“De todo amor que eu tenho, metade foi tu que me deu, salvando minh’alma da vida, sorrindo e fazendo meu eu”. A ternura estabelecida na relação entre a neta (o “eu” dessa canção) e sua avó nos permite refletir sobre a influência desse laço e o modo como temos vivido com nossas avós. Esse trecho é reproduzido com frequência pela geração atual, como homenagem carinhosa à figura das avós. Tal música de Maria Gadú anuncia uma despedida, permeada de gratidão, de uma jovem que reconhece essa influência em sua trajetória, emocionando todo aquele que também teve em sua avó uma figura de referência.

 

Nas últimas décadas, observou-se uma presença mais significativa das avós das crianças em suas rotinas. Isso se deu pelo fato de que elas desempenham. atualmente, funções de apoio nos diferentes núcleos familiares. Assim sendo, independente da categoria social, tem-se percebido uma dedicação dessas figuras aos seus netos, dando-lhes suporte, seja por meio do auxílio financeiro, seja pela intensa troca afetiva no cotidiano, o que confere segurança e estabilidade a todos. Com isso, o suporte emocional dos avós, disposição para ouvir e conversar, tem se tornado uma marca do tempo presente.

 

Em uma pesquisa que analisou, por meio de relatos de avós, os relacionamentos com seus netos, os resultados indicam que:

 

Certas avós dos grupos realizados classificaram suas vivências como de intensa afetividade com os netos. Reconheciam também que, além de ajudarem as crianças, já receberam muita contribuição destas. Nessas situações, os netos, considerados como fiéis companheiros e verdadeiros salvadores, auxiliaram as avós em inúmeros momentos de dificuldades. (Cardoso & Brito, 2014, pág. 436)

A frase “vó é mãe com açúcar” nos apresenta essa característica, apontando as semelhanças entre o laço afetivo mãe-filho e avó-neto, mas também reforçando a doçura existente nesses relacionamentos. A conexão entre as crianças e os idosos é um suporte fundamental que auxilia na construção da autoconfiança – aquela habilidade socioemocional que nos indica internamente o quanto somos capazes de “dar conta do recado”, ou seja, enfrentar os momentos de estresse e/ou dificuldade do cotidiano.

 

É claro que existem aspectos desfavoráveis em alguns casos, sobretudo quando os afetos positivos e as experiências consoladoras cedem espaço aos conflitos geracionais ou de valores. Não se deve negligenciar o fato de estarmos em um país latino-americano cujas diversas desigualdades estruturam condições de injustiça e vulnerabilidade. No entanto, essas temáticas podem ocupar um outro texto, pois, no caso desse, que ora se apresenta, o objetivo é relacionar o Dia dos Avós, comemorado hoje, em 26 de julho, com algumas reflexões sobre a afetividade que nos envolve quando pensamos nos avós.

 

A data de 26 de julho, utilizada pela Igreja Católica para celebrar os santos Ana e Joaquim, casal de avós de Jesus, é referendada na tradição popular, pois esses nomes sequer são citados na Bíblia. É interessante lembrar que essa devoção existe desde o século VI, quando já havia registros de cultos em memória aos pais de Maria. Sua popularização, no entanto, chegou durante o Renascimento, quando Giotto (1276-1337) representou Sant’Ana e São Joaquim na Capela dos Scrovegni, em Pádua.

 

A partir daí, podemos estabelecer a relação entre as características difundidas por nossa tradição religiosa e aquilo que vivenciamos com nossos avós nos tempos atuais. Pensar essas relações significa dar-se conta dos atravessamentos que essas realidades provocam nas singularidades de nossas crianças, não deixando de lado a premissa de que cada um de nós responde de modo único aos fenômenos. Bem como Sant’Ana e São Joaquim são colocados como modelos de ternura e pessoas que indicam um bom caminho à Maria, e, consequentemente ao menino Jesus, nossos avós podem hoje ser celebrados como aqueles em quem depositamos confiança, para experimentar as mais variadas brincadeiras, ou ainda, para um aconselhamento especial. Afinal, quem nunca buscou no colo dos avós o cuidado necessário para o crescimento seguro que somente a avó/avô poderia fornecer?!

 

Referências:
CARDOSO, Andreia Ribeiro & BRITO, Leila Maria Torraca. Avós na família contemporânea. Revista Psico-USF, Bragança Paulista, v. 19, n. 3, p. 433-441, set./dez. 2014.

 

Por Raphaela Souza dos Santos

Assessora na Formação Cristã

Autocuidado e Espiritualidade

 

O autocuidado pode interferir diretamente em nossa qualidade de vida, melhorando a nossa saúde nos aspectos físico, mental e espiritual. Essa prática deve estar entre as nossas prioridades, sobretudo nos tempos em que vivemos, de incertezas e desgaste emocional, causados, além de outros motivos, pela pandemia do Covid-19.

 

Autocuidado significa dar atenção às próprias necessidades, buscando compreender o que é imprescindível ao corpo e à mente, uma vez que, ao desenvolver bons hábitos, as pessoas são capazes de potencializar suas habilidades visando diminuir o estresse causado pelo dia a dia e lidar com os desafios com mais leveza. Destacaremos, a seguir, alguns tipos de autocuidado.

 

O autocuidado físico pressupõe práticas de cuidado com o corpo, o que inclui uma boa alimentação, busca por qualidade do sono e a constância ao se exercitar com atividades físicas.

 

Já o mental e emocional implica investir no autoconhecimento, para compreender os próprios sentimentos e pensamentos, praticar o autoperdão e estabelecer limites nos laços sociais. Com isso, buscamos momentos de lazer, fazendo aquilo que nos faz feliz. Desafie-se e descubra novos prazeres!

 

Já o autocuidado espiritual é aquele que nos oportuniza uma ligação com o nosso interior, nossa alma e com aquilo que é sagrado para nós. Isso pode ser feito por meio de orações ou outras práticas que proporcionem a transcendência, como a meditação, reflexões, símbolos e/ou crenças que façam o papel de “facilitar” o encontro com o Sagrado.

 

Assim, para que consigamos ter equilíbrio em todas as áreas de nossa vida, o cuidado interior exerce um papel fundamental, uma vez que é um caminho possível para ressignificar experiências e redimensionar memórias, fazendo reflexões propositivas. Em nosso cotidiano, muitas vezes, o “cuidar de si” se torna um desafio, pois, entre as prioridades, nos deixamos em segundo plano. No Cristianismo, o comprometimento com o autocuidado e com os outros é uma resposta de fé, tendo em vista que o mandamento maior é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

 

Portanto, é comum que, entre os momentos de vivência da fé, as pessoas se comprometam a cuidar mais de sua saúde, e, em consequência, sentem-se em maior harmonia consigo mesmas e até com os outros. E você, tem cuidado de si?

 

 

 

 

Referência bibliográfica:
MELO, Cynthia de Freitas et al. Correlação entre religiosidade, espiritualidade e qualidade de vida: uma revisão de literatura. Estud. Pesqui. Psicol.., Rio de Janiero, v. 15, n. 2, p. 447-464, jul 2015.

 

Por Anna Carolina Santos Reis Dalamura

Professora

Ad Astra: o mistério por trás dos feitos da Apollo 11

Eu tinha 25 anos. Meu vovô tinha 81. No café da tarde, em um domingo chuvoso, ele tomou um gole de café. Bateu o copo na mesa e disse “eu não acredito que o homem foi na Lua”. Pronto. A partir daquela frase, meu tio, minha mãe, meu pai e eu passaríamos o resto do dia tentando provar que ele estava errado. Eu entendo meu avô. O feito de fazer o ser humano pisar na Lua tem algo de misterioso. Esse mistério, contudo, não é apenas pisar na Lua. É a própria natureza humana.

 

Mais de 563 pessoas já saíram do planeta, de acordo com a Nasa. Ir ao espaço é perigoso e caro, então por que mandar pessoas para lá? Porque a conquista do espaço sideral é apenas uma extensão da disputa pela conquista de qualquer espaço, e a conquista do espaço, milímetro a milímetro, teve seu mais intenso episódio durante a chamada Guerra Fria.

 

Naquela época, qualquer avanço tecnológico que permitisse fazer uma arma nuclear atravessar os oceanos seria considerada o mais decisivo avanço político. De repente, em 1957, a União Soviética fez orbitar, pelo planeta Terra, o primeiro objeto inimigo que espiou os segredos americanos: um satélite artificial. Ali, uma nova espécie de corrida se iniciava: a corrida pelo espaço sideral, que se tornou o novo tabuleiro da geopolítica.

 

O temor de que a URSS dominasse o espaço tornou-se o pesadelo do american dream. Em 1961, o carismático astronauta soviético Yuri Gagarin viajou pela órbita do planeta e retornou em segurança. Os EUA estavam contagiados pela frenética ânsia de ultrapassar esse feito. O presidente John Kennedy anunciou, então, o mais impressionante objetivo: os EUA levariam o homem à Lua. As adversidades foram implacáveis: Kennedy foi assassinado, havia a Guerra do Vietnã, a URSS enviou a primeira mulher ao espaço. Ainda assim, o projeto Apollo 8, com um foguete que pesava mais de três milhões de quilos, alcançou a primeira vitória: circundou a Lua e voltou para casa.

 

Foi assim, que, após todos os mais incríveis esforços humanos, em 20 de julho de 1969, o voo sideral da nave Apollo 11 alcançou a Lua, e Neil Armstrong deu “um pequeno salto para o homem, mas um grande salto para a humanidade”.

 

Essa missão foi e é um espetáculo grandioso, mas não deve ser vista fora de seu contexto. Apollo 11 é, sobretudo, um espetáculo da corrida humana contra seus próprios limites interpretada por dois atores, EUA e URSS, no grande palco do mundo bipolar. Ainda assim, o contexto da Guerra Fria não é capaz de explicar como o homem foi capaz de chegar à Lua. O homem também alcançou o mais alto dos montes, os mais longínquos oceanos e a mais desafiadora vacina contra um vírus mortal. Tecnicamente, chegamos à Lua devido aos avanços do foguete. Não obstante, há algo mais misterioso, mais profundo e mais filosófico que isso. Há a natureza humana.

 

Apollo 11 é sobre quem somos como espécie. Somos transumantes. Somos pais, filhos, netos e bisnetos de imigrantes, nós não somos daqui ou de lá: somos filhos daquilo que queremos alcançar. Somos uma espécie incrível, porque construímos nossa própria realidade. Saber se reinventar é o poder da humanidade. Somos uma espécie em viagem. Não temos residência, apenas bagagem. Nossa bagagem é diferente de qualquer animal. Nossa bagagem é a vontade de superar a nós mesmos. Como diria Einstein: “há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade”. Temos essa estranha vontade de vitória. Queremos a vitória mais bela possível: seja a vacina, seja pisar na Lua. Qual é a vitória mais bela? Santo Inácio responde-nos “a vitória mais bela que se pode alcançar é vencer a si mesmo.” Por isso, Apollo 11 é feito tão importante. É mais um episódio de nossa jornada estonteante rumo a quem realmente somos.

 

Por Filipe Queiroz de Campos

Assessor de Área – Ciências Humanas

Protocolo de retorno às aulas presenciais é tema de encontro virtual entre colaboradores do Colégio dos Jesuítas

 

O Protocolo do retorno presencial no Colégio dos Jesuítas foi o assunto central de dois seminários virtuais realizados nesta quinta-feira (15) com os colaboradores da instituição.

 

Durante os dois encontros, cada um com duração aproximada de duas horas, todos os colaboradores puderam conferir uma explicação detalhada do Protocolo e de como seguir as medidas de segurança, que visam o bem-estar de todos.

 

Ao começo das reuniões, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, fez um breve histórico das atividades desenvolvidas tendo em vista a volta às aulas com presença dos estudantes no Colégio. O Professor também agradeceu aos colaboradores pelo trabalho desenvolvido ao longo do primeiro semestre deste ano.

 

O Grupo de Trabalho (GT) da retomada presencial forneceu explicações sobre tópicos como: uso e troca de máscaras, higienização das mãos com álcool gel e higienização dos equipamentos de trabalho.

 

Outros temas relacionados à logística de atividades da escola foram abordados, como os horários das aulas, a entrada e saída dos diferentes grupos de estudantes de forma à evitar aglomerações e a realização das atividades de educação física.

 

O Diretor Acadêmico, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, também participou dos seminários virtuais. Em sua fala, o Padre salientou a importância das medidas para garantir a saúde de todos e destacou o compromisso da Companhia da Jesus com o cuidado comum.

 

O Protocolo  de retorno às aulas presenciais do Colégio dos Jesuítas é baseado em recomendações dos órgãos governamentais, educacionais e sanitários, nas esferas estadual e municipal e também observando orientações do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e do Protocolo sanitário de retorno s atividades de ensino presenciais no contexto da pandemia da COVID-19 no município de Juiz de Fora.

 

Confira você também o nosso Protocolo de retomada das aulas presenciais e o Planejamento Interno para o retorno.

O meu quatorze de julho

 

O ano era 1989. A Avenida Paulista estava repleta de pessoas das mais variadas idades e gêneros. Eis que de repente me deparo com um amigo que, em um primeiro instante, me causou espanto. Sua cabeleira cacheada estava dividida e pintada nas três cores da bandeira da França: azul, branco e vermelho. Poderia ser mais uma alucinação daquele que sempre foi um vanguardista na cultura e nos costumes, que havia vivenciado as “loucuras” dos anos 80, como boa parte da juventude envolvida nas diversas políticas que nos rondavam nos círculos acadêmicos e literários. Mas era muito maior a presença dele: estávamos comemorando os 200 anos da Tomada da Bastilha, o início da Revolução Francesa de 1789.

 

São Paulo era uma só! E por que não dizer, o mundo e o Brasil? Para, nós brasileiros, depois de anos de ditadura militar, era momento de reexperimentar a possibilidade de novos ventos, novas possibilidades de vida, de trabalho, de participação política, de poder sonhar com um país diferente. Mas o que o nos levava às ruas naquele 14 de julho de 1989? Quais os sentimentos que afloravam em nós para nos levar a reviver os ideais de uma revolução que mudou os rumos da França e, junto com ela, o mundo?

 

França, 1789, um país assolado no modelo de política absolutista que ainda predominava em toda a Europa. Sob a tutela do “ancien régime”, os reis governavam como deuses. Não havia limites aos seus poderes. A sociedade francesa apresentava-se dividida em três grupos com diferenças muito latentes. Existiam dois grupos de privilegiados: a Nobreza e o Clero. Estes desfrutavam de uma vida de luxo, prestígio político, econômico e social. Colocavam-se acima das regras e das leis. Seus gestos e sua postura denunciavam um descaso para com os milhares de súditos, maioria da população, que viviam à margem da sociedade e de tudo que era necessário para uma vida digna.

 

O governo estava nas mãos da Dinastia dos Bourbon, que reinavam na França há aproximadamente 200 anos. Sob a autoridade de Luís XVI, o país acabou se envolvendo em guerras e conflitos que desgastaram a população e, principalmente, o erário. Os ministros da economia de Luís XVI até que tentaram por diversas vezes implementar mudanças que pudessem promover reformas, a fim de reestruturar a combalida economia francesa. Barrados pela própria estrutura em que viviam, não foram capazes de sequer defender a ideia. Também não foram capazes de perceber que o mundo havia dado uma “girada” e, incapacitados pela miopia social em que estavam, fechavam-se, recolhiam-se em castas para tentarem perpetuar um modelo político-social que já dava sinais de falência.

 

Eram os ventos dos ideais do Iluminismo. Um conjunto de ideias que nasceu do outro lado do canal da Mancha, na Inglaterra, berço de tantas outras mudanças como a Revolução Gloriosa e a Industrial, mas que teve em território francês o seu auge. Os governantes da França do século XVIII não foram capazes de compreender que os ideais de liberdade e igualdade se alastravam e iniciavam a desconstrução de um modelo de sociedade que já não atendia aos anseios de novos e fortes grupos sociais que haviam se formado no seio desta mesma. Lutar contra o autoritarismo, a corrupção, a falta de participação e representatividade política tornou-se sinônimo de renovação e, por que não de revolução?

 

Os ventos do pensamento liberal eram nascidos de uma classe geradora de riquezas, mas limitada por uma estrutura arcaica, já não mais condizente com a modernidade pretendida. A nascente “classe média”, influenciada pelas ideias das Luzes, buscava se afirmar. E esta afirmação não condizia com os obstáculos erguidos pelo “ancien régime”. A individualidade, as liberdades de expressão, de participação, de representatividade, a liberdade econômica já estavam no modo de operar desta nova classe. Derrotar o autoritarismo absolutista era e deveria ser a luta de todos.

 

A passagem de súditos para cidadãos requer sermos reconhecidos com direitos. Os direitos à vida, alimentação, moradia, educação, saúde passam a ser inalienáveis e universais. Não mais de um grupo de privilegiados. A Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, foi simbólica. Mas significou muito. Não somente o fim de uma era. Mas o início de uma luta política que nos envolve até os dias atuais. E por todas as pessoas que lutaram e fazem desta lembrança memória de luta, pintemos nossos corações, nossa vida, nas cores da liberdade, igualdade e fraternidade. “Vivre la Révolution”.

 

Por Antonio Carlos Nogueira Coldibeli

Professor

Dia Internacional de Sensibilização ao TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha a pessoa por toda a sua vida. É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ocorre em 3 a 5% das crianças e em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

 

O TDAH se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado, às vezes, de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, é conhecido por ADD, ADHD ou AD/HD e é reconhecido, oficialmente, por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando há excesso de distração, a dificuldade de concentração pode afetar tanto crianças e jovens quanto adultos. É preciso compreender bem como funciona a atenção e quais fatores podem afetá-la.

 

Já existem inúmeros estudos, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (às práticas de determinada sociedade etc.), ao modo como os pais educam os filhos ou ao resultado de conflitos psicológicos.

 

É incorreto dizer que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade impede a pessoa de prestar atenção ou de se concentrar. Algumas pessoas com TDAH podem se concentrar e, muito além do que é comum, podem apresentar excelente atenção seletiva e sustentada, porém apenas diante de alguns tipos de estímulos ou situações, o que é chamado de hiperfoco.

 

O que complica a vida das pessoas com Déficit de Atenção é apenas alguns poucos estímulos e circunstâncias serem capazes de capturar o foco da atenção. Isso é o que torna a atenção tão instável e o hiperfoco tão intenso, quando acontece.

 

Em outros casos, as maiores dificuldades podem estar na atenção flexível, que dificulta retomar o foco após interrupções, desconcentrações. Todos estamos sujeitos a interrupções e distrações. Não dá para imaginar viver sem elas, especialmente nos tempos atuais, de tamanha sobrecarga de informações e tecnologias que fazem parte das nossas vidas, inclusive nesses tempos de pandemia. Por isso, o retorno à atividade, a retomada do foco após a distração é tão essencial.

 

Deve-se salientar que as intervenções voltadas para o tratamento do TDAH consistem em terapias comportamentais ou no uso de medicamentos; a combinação desses dois também pode ser considerada, a depender da situação do paciente, de acordo com a indicação médica. Isso significa que o acompanhamento de especialistas é fundamental para o sucesso dos procedimentos na vida da criança ou do adolescente. A partir desses primeiros contatos, os médicos e os terapeutas vão encaminhar o caso para os procedimentos que atendem às demandas específicas de cada caso.

 

O dia 13 de julho de 2021, dia Internacional de Sensibilização ao TDAH, nos lembra a importância da detecção dos primeiros sintomas para o correto diagnóstico e os devidos encaminhamentos. As pessoas que convivem com o TDAH precisam, acima de tudo, de atenção, tratamento e acolhimento.

 

Fontes: https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/

https://institutoneurosaber.com.br/conheca-as-opcoes-de-tratamento-para-o-tdah/

https://dda-deficitdeatencao.com.br/

 

Por Melissa Martins

Agente na Formação Cristã

Antigos estudantes e Colégio dos Jesuítas se unem em doação de cobertores para Fundação Maria Mãe

 

Antigos estudantes e o Colégio dos Jesuítas doaram cobertores para a Fundação Maria Mãe, em Juiz de Fora. A instituição, fundada em 1983 por pessoas ligadas ao movimento da Renovação Carismática Católica, atua na assistência a adultos em vulnerabilidade social da cidade e é mantenedora da Obra dos Pequeninos de Jesus.  A entrega das doações aconteceu nesta sexta-feira (02).

 

A iniciativa partiu de um grupo de 51 antigos estudantes da turma 2020 da 3ª Série do Ensino Médio. A parceria com o Colégio resultou na compra de 33 cobertores de casal que serão destinados a pessoas em vulnerabilidade social, neste momento em que a cidade vive um inverno rigoroso.

 

A ação demonstra o caráter integral da educação no Colégio dos Jesuítas e em toda a Rede Jesuíta de Educação (RJE): além da excelência acadêmica, outros valores são estimulados, com o objetivo de formar homens e mulheres conscientes, competentes e comprometidos na compaixão.

 

O olhar atento e compassivo em relação ao outro também é ressaltado pela Companhia de Jesus, em suas Preferências Apostólicas Universais. A segunda preferência aponta a necessidade de, nos passos de Jesus, “caminhar com os pobres, os descartados pelo mundo, os vulnerados em sua dignidade, numa missão de reconciliação e justiça”.

 

 A Fundação Maria Mãe

 

A instituição atua no amparo e na recuperação de adultos vulneráveis socialmente, com trabalhos como alimentação, atendimento dentário, higiene pessoal, e acompanhamento psicológico e de assistência social. Para mais informações, acesse o site da entidade.

 

A Fundação Maria Mãe fica localizada à Rua Trinta e Um de Maio, 56 – Bairro Ladeira.

Independence Day

 

The Fourth of July is a day to celebrate the moment the Declaration of Independence of the United States of America was approved in the Second Continental Congress in the year of 1776. It commemorates the moment that the original 13 colonies officially declared their decision to leave the British Empire and create a new nation.

 

The document had a first version written by Thomas Jefferson, with the aid of John Adams and Benjamin Franklin. Many of the ideas presented there turned to be part of American ideals up to current days, such as: “all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights, that among these are life, liberty and the pursuit of happiness.”

 

Despite the consciousness of the issues involved in movements like this one, such as the war to become truly independent or the part of society not considered then, it is still valuable to study and reflect upon it, in order to realize its importance and influence in the American Continent at that time.

 

The power of this holiday in the American society could be witnessed by some of our students who participated in our exchange program “Leadership and Entrepreneurship” at the University of California. There, the group took part in a community celebration organized by the local Rotary Club*, read what one of these students, Letícia Duarte, said about the experience: “It was one of the most magical and special moments of my life…we watched the fireworks display and could experience a bit of this amazing aspect of American cultural life!”

 

Getting to know and respect cultural diversity is an essential part of our English classes at Colégio dos Jesuítas. Our Bilingual Program aims to promote the learning of the English language through the integration of different areas of knowledge, using the language to think critically about global issues, collaborating, thus, with the development of our students as responsible global citizens, committed to values like peace and justice.

 

Apoiado em pressupostos teóricos que apontam, dentre outros aspectos, a importância social da língua/linguagem e a relevância da habilidade e competência discursiva em uma sociedade letrada cada vez mais globalizada, o Programa Bilíngue do Colégio dos Jesuítas tem por objetivo colaborar para que nossos estudantes possam desenvolver-se como usuários proficientes da língua inglesa, capazes de posicionarem-se, local e globalmente, de modo responsável, crítico e comprometido com valores importantes promovidos em todos os colégios da RJE, como a justiça e a paz. Nessa direção, o contato, sempre respeitoso, com a diversidade cultural, aqui representada pela comemoração do dia da independência americana, por exemplo, pode suscitar diálogos em sala de aula que alcançam diferentes áreas do saber, como geografia, história e muitas outras, sempre buscando promover interações significativas e contextualizadas para a aprendizagem da língua.

 

Por Ângela Cristina Fiorani Diniz

Coordenadora de Línguas Estrangeiras/Programa Bilíngue

 

*The Rotary Clubs in nearby Goleta, just north of Santa Barbara, host an annual 4th of July fireworks festival starting at 5 p.m. at Girsh Park, 7050 Phelps Road next to Camino Real Marketplace. Adults tickets are $10 per person with children 12 and under free. The Independence Day festival offers a variety of activities for all ages, including bouncies, face painting, and more. A band perform live music until the fireworks show, which begins at 9 p.m. The Goleta 4th of July fireworks festival is a family-friendly event and no alcohol or pets are permitted.
https://www.santabarbara.com/activities/events/fourth-of-july/