Literatura e contação de história: tecendo perspectivas para a formação de um leitor

“Que meu conto seja belo e que se desenrole como um longo fio…”

 

Deixe-me falar de um tempo, um espaço, uma voz e um ouvinte, sim, porque, para se contar uma história, não se necessita de mais que isso, mas é preciso cuidado… o cuidar do outro. Quando alguém se propõe a contar uma história, espera que o outro a colha e ao mesmo tempo acolhe o seu ouvinte num espaço outro, o espaço do afeto. O tempo então se expande para outra dimensão, não é o imediato do agora, é o tempo da criação, aquele tão essencial para a cura de nossos medos, angústias, certezas e incertezas, desejos e entregas … das vozes que trazemos dentro de nós.

 

Por conseguinte, contar e ouvir histórias é um ato de afeto, pois tanto quem conta, quanto quem ouve se deixa afetar pela alteridade e cria um vínculo do que há de mais humano entre nós, o reconhecimento da casa comum que é a vida, do que nos move para uma finalidade maior que nosso amor-próprio, o amor fraterno. Por isso, Jesus fez das Parábolas um meio para nos afetar, nos levar para o outro mundo, aquele que nos permitiria vencer o nosso ego, para sermos mais e melhor para outro, o próximo.

 

Bem, caro(a) leitor(a), você deve ter notado que não especifiquei nenhuma faixa etária para o(a) ouvinte, nem para o(a) contador(a) de histórias. Se não o fiz, é porque a minha experiência me mostrou que não há. Normalmente se espera que o(a) contador(a) de histórias seja o adulto e a plateia seja a criança, mas, ao longo da minha vida profissional e pessoal, já encontrei grandes contadores de histórias entre as crianças e vários adultos com dificuldades para se disporem a serem ouvintes, portanto, a meu ver, não é uma questão de idade, é uma questão de disponibilidade para se entregar a essa experiência tão humana e atávica.

 

E o que a Literatura tem a ver com isso? Tudo. A Literatura é antes de tudo uma experiência estética que nos permite ouvir as vozes dos outros com os olhos, como brilhantemente escreveu Eduardo Galeano em seu conto “A função do Leitor/1”, e que nos leva a vivenciar outros lugares de ser e de estar, ampliando a nossa visão do mundo, das pessoas e de nós mesmos. Por isso, ela caminha de mãos dadas com a contação de história, já que uma alimenta a outra. Pois a oralidade precede a escrita, basta lembrarmos dos Contos de Fadas, que foram recolhidos das histórias contadas oralmente pelo povo. E o bom/a boa escritor(a) é, antes de tudo, um(a) excelente ouvinte das vozes que se perpetuam dentro de si e dentro do seu próximo.

 

 

Outra vez aqui não farei a distinção da faixa etária para a obra literária, pois, a meu ver, o texto literário, quando bem escrito, transcende a isso. Porque há obras extremamente maduras e sofisticadas enquanto provocação estética e de reflexão na Literatura dita Infantil, como há livros extremamente desprovidos disso na Literatura voltada para adultos.

 

E como separar o joio do trigo? Não há uma fórmula, tudo depende da formação do(da) leitor(a), ou seja, do quanto foi a ele/ela oferecido(a) de experiências para que ouvisse as vozes do seu próximo e fizesse uso da sua voz, para contar as suas histórias e as dos outros, quer seja oralmente ou através da escrita, num tempo/espaço da criação, no encontro e na entrega dos afetos que nos aproximam como irmãos. E se esse processo se inicia na infância, ele não se encerra nela, ou em nenhuma outra faixa etária, outrossim encaminha-se ao longo da vida de cada um de nós, ou seja, somos e seremos sempre, com maior ou menor disponibilidade, leitores em formação.

 

Portanto, este texto não se propôs a qualificar e a especificar as ferramentas pedagógicas para a formação do(da) leitor(a), deixo isso para um outro momento, e peço antecipadamente desculpas se isso lhe possa ter causado, amigo(a) leitor(a), alguma frustração, mas o que eu queria mesmo é lhe comover, lhe provocar, para que, quem sabe, você se sentisse disponível a ouvir ou contar uma história… seja ela oral ou escrita. Assim, juntos, num espaço de afeto, desenrolaríamos os fios de nossas vidas e teceríamos um encontro de amor fraterno. Por isso… “essa história entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra”.

 

Por Magali Machado Silva Jobim

Professora

 

Referências bibliográficas

 

  • ALBERGARIA, Lino. Do folhetim à literatura infantil: leitor, memória e identidade. Belo
    Horizonte, MG: Ed. Lê,1996.

 

  • BUSATO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI. Tradição e Ciberespaço. Petrópolis, RJ:
    Vozes, 2006.

 

  • COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática – 1 ed. São Paulo:
    Moderna, 2000.

 

  • MARIA, Luzia de. Amor Literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada.
    Rio de Janeiro: Ler &Cultivar editora, 2016.

 

  • MATOS, Gislayne Avelar. A palavra do contador de histórias: sua dimensão educativa na
    contemporaneidade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

 

  • MATOS, Gislayne Avelar, SORSY, Ino. O ofício do contador de histórias: perguntas e respostas, exercícios práticos e um repertório para encantar. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Sustentabilidade: Turmas do 5º ano produzem cartazes contra o uso de agrotóxicos

Comprometidos com a sustentabilidade do nosso planeta, as turmas do 5º ano/Fundamental do Colégio dos Jesuítas produziram cartazes como campanha contra o uso de agrotóxicos.

 

A atividade foi proposta aos estudantes a partir do conteúdo sobre poluição do meio ambiente. Na ocasião, as crianças compreenderam que os agrotóxicos, utilizados nas atividades agrícolas, são um dos responsáveis pela degradação do solo nas áreas rurais e que consumir produtos que contenham esses insumos prejudicam a nossa saúde e a de outros seres vivos.

 

Confira produções partilhadas pelos estudantes

 

Dia Nacional de Combate ao Bullying

Criado pela Lei 13.277 de 2016, 7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Essa data marca o massacre de Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos de idade que, sofreu Bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, sendo dez meninas e dois meninos. Depois que ele foi atingido por um vigilante, cometeu suicídio, lamentavelmente. Contudo, essa situação poderia ser evitada com conhecimento a respeito do tema e, é este o intuito desse artigo.

 

O Bullying é um fenômeno social, manifestado de forma contrária às normas e valores coerentes à sociedade, expresso de maneira sutil e com características próprias, por tratar-se de um tipo de violência escolar.

Esse fenômeno não acontece a partir de um motivo pré-determinado e não se dá como conflitos normais ou brigas entre discentes e, sim, atos de intimidação repetida contra indivíduos vulneráveis e incapazes de defesa e a existência de espectadores que, por medo de se tornarem vítimas futuras ou por prazer em ver a dor alheia, não dão assistência aos padecentes desse mal.

Nesse contexto, a questão é muito mais complexa do que brincadeiras diárias entre discentes, pois a problemática enfrentada pela comunidade escolar emerge quando, involuntariamente, a vítima toma para si as agressões impostas pelo Bullying, permitindo-se sofrer em silêncio; essa dor é devastadora, podendo ser percebida pelo declínio em seu rendimento escolar, isolamento e ausência às aulas, explicada pelo fato de o seu agressor estudar, na maioria das vezes, na mesma sala.

 

Segundo a literatura acadêmica, existem relatos de vítimas que passaram a acreditar serem merecedoras de tamanha covardia diária, tendo seus sonhos e planos futuros ceifados, pois abandonaram a escola, contribuindo para o aumento das estatísticas de evasão escolar. Ao mesmo tempo em que a vítima não encontra ajuda necessária, capaz de lhe dar suporte, o intimidador também não encontra quem o faça cessar e/ou o conscientize e o sensibilize para a boa convivência em sociedade. É preciso interpretar o silêncio das vítimas, pois, sem o apoio de que elas precisam, jamais irão suportar as situações impostas pelo Bullying, pela própria vulnerabilidade frente ao fenômeno e, em decorrência disso, toda a comunidade escolar sofrerá por consequência.

Abordar o tema Bullying no âmbito escolar é, por consequência, almejar a prevenção ao suicídio, um problema de saúde pública e, embora a taxa de vítimas supere a da AIDS e de alguns casos de câncer, ainda assim, as pessoas fogem do assunto, justamente por falta de conhecimento, negligência ou medo. (OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014)

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, nove, em cada dez, casos de suicídio poderiam ser prevenidos e, vários são os fatores que podem levar crianças, adolescentes e adultos a cometerem esse ato extremo e, dentre esses, o Bullying. (OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014)

 

Assim, o espaço escolar ideal para as vítimas é aquele que proporciona a elas, um ambiente que as proteja de humilhações e intimidações e estimule a capacidade de defesa frente ao Bullying. A solução está na união de esforços entre poder público e sociedade, assumindo a existência do Bullying, em todos os lugares frequentáveis e, dessa forma, ter a possibilidade de agir em favor dos atores sociais presentes no espaço escolar, para que haja uma mudança real de comportamento e por consequência, a minimização, a prevenção e o combate eficaz ao Bullying.

 

Por fim, é urgente que tal temática seja abordada em sala de aula, pois segundo a minha pesquisa, três em cada dez alunos percebem a presença do Bullying no espaço escolar e, conscientizá-los é o papel da escola, pois acredito que, o espaço escolar deve oferecer meios de conscientização sobre o respeito e as regras de conduta frente ao coletivo, neutralizando possíveis ações transgressivas e, ao mesmo tempo, cumprindo o que está previsto na Lei 13.185 – Programa de Combate à Violência Sistemática, vigente em todo o território nacional.

 

Por: Profª Ms. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri

Palestrante e oferece treinamento sobre os temas: Bullying e Mobbing

Instagram: @bullyingbrasil
Facebook: @bullyingjulianabarbieri

 

Referências Bibliográficas

BARBIERI, J. M. O., ZANOELLO, T. B., IMAIZUMI, C. E. O. Bullying nos ambientes físico e virtual e suas implicações na seara do Direito, 2020. https://www.migalhas.com.br/depeso/335875/o-bullying-nos-ambientes-fisico-e-virtual-e-suas-implicacoes-na-seara-do-direito Acesso em: 25.03.2021

BARBIERI, J. M. O. Quando um projeto quebra o silêncio: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Desvendando e Prevenindo Bullying: a aplicabilidade da Lei 13.185, Araraquara: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Bullying: conhecimento é a melhor forma de prevenir, Araraquara: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Desvendando e prevenindo Bullying, Anais da VIII Amostra de Pesquisas em Educação / VIII Amostra de Pesquisas em Educação; Araraquara, p. 103, 2014. BARBIERI, J. M. O. Bullying: conhecimento é a melhor forma de prevenir, Araraquara: Suprema, 2013.

BRASIL. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm Acesso em: 02.12.2015.

OLIVEIRA, J. M. Indícios de Bullying no Ensino Médio de Araraquara/SP. Araraquara, 2007. OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, cartilha SUICÍDIO: INFORMANDO PARA PREVENIR, 2014. http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14 Acesso em: 27.11.2017.

Estudantes do 4º ano produzem releituras de obras do artista plástico Ivan Cruz

As turmas do 4º ano/Fundamental do Colégio dos Jesuítas demonstraram muita criatividade ao reproduzirem releituras de obras do artista plástico Ivan Cruz, que retratam brinquedos e brincadeiras.

 

A atividade foi proposta na disciplina de História, ao trabalharem o conteúdo mudanças e permanências. Na oportunidade, os estudantes fizeram comparações entre brincadeiras do passado e do presente, por meio de diferentes abordagens.

 

Para criarem as releituras, as crianças utilizaram diferentes técnicas como, por exemplo, recorte e colagem, pintura, desenho e modelagem. As produções surpreenderam as professoras, devido a qualidade e criatividade dos trabalhos.

 

Confira fotos!

 

Educate Magis: conectando educadores das instituições jesuítas e inacianas de todo o mundo

Criada em 2014, a comunidade on-line Educate Magis foi desenvolvida com o intuito de facilitar o contato e a interação dos profissionais que atuam em instituições jesuítas e inacianas de todo o mundo, trabalhando juntos como uma comunidade universal, e facilitando o compartilhamento, o intercâmbio e a colaboração para as unidades jesuítas.

 

A plataforma www.educatemagis.org conecta as 827 unidades pelo mundo, de 70 países diferentes. Em entrevista para a Rede Jesuíta de Educação, a facilitadora internacional do Educate Magis, Ciara Beuster, informou que mais de 6 mil membros estão registrados na comunidade e possuem objetivos específicos, como: apoiar a implementação dos Acordos do JESEDU-Rio 2017, promover a Educação para a Cidadania Global, compartilhar nossa Missão e Identidade em comum e nutrir nossa comunidade on-line.

Convidamos todos os educadores do Colégio dos Jesuítas a visitarem o site e registrarem-se como membros da comunidade Educate Magis. Após o registro, vocês receberão atualizações semanais da plataforma sobre novos projetos, ferramentas e iniciativas. Também é uma oportunidade para participação em fóruns, programas e atividades de formação. Aproveite e conheça, por meio de um mapa interativo, toda a rede de escolas que atendem à missão jesuíta.

 

Para mais informações ou tirar alguma dúvida, entre em contato por meio do e-mail info@educatemagis.org, ou acesse o formulário disponível no site: www.educatemagis.org/es/contactenos

Homenagem à professora Adriana Costa Henriques

Hoje, os pincéis estão secos, as portas do teatro estão fechadas, a poesia não quer fazer rimas e a música tem seus acordes abafados, muito abafados. A artista, que um dia virou obra de arte no olhar e nas mãos de uma estudante do 6 ano D, não está presencialmente. Aliás, que ironia esta palavra! Presencialmente… Quantas vezes a ouvimos neste tempo que já se completa um ano de muitos desafios? Como foram os sentimentos nesse tempo? O que fizemos? Como fizemos? E, como faremos? Como foi o tempo em que vivemos antes do ciclo que estamos? São perguntas que não sei dizer.

 

Mas hoje, posso dizer com certeza uma coisa: A artista, que não mais está conosco, fez muito… muito! Seus pincéis coloriram a vida, seu sorriso marcante fez sorrir outros lábios. Suas palavras em tonalidade maior, vieram em melodias que faziam sentido aos nossos ouvidos, e com candências rítmicas que levaram os pés a calçar os sapatos e a dançar o ritmo da música.

 

Para que a obra de arte possa existir, são necessários três elementos: o artista, o observador e a obra de arte. A artista um dia se emocionou ao se ver em uma obra de arte, de sua aluna, tornando-se os três elementos em um só. Será que isso é para poucos? Sim. Isso é para aqueles que colocam seu coração, sua vida, suas mãos e pincéis em uma tela totalmente branca, em uma partitura sem notas, e um teatro ainda sem o público, em um livro ainda sem a rima, e tem a coragem de arriscar e riscar a primeira cor, a primeira nota, a primeira página e o primeiro acorde.

 

Então, fazer arte é correr o risco de que aquela obra aos olhos do artista não fique um espetáculo, mas que pode, ao mesmo tempo, mudar a vida do espectador, da plateia. Acho que não, não, não … isso é não é fácil para muitos de nós! Mas fazer da vida uma obra de arte é para todos nós, que estamos abrindo os corações ao outro e cuidando uns dos outros, é para todos nós que estamos trazendo a empatia, mesmo on-line, apenas com a janelinha, com a câmera e o microfone, já que neste tempo em que estamos vivendo, neste um ano, as cortinas do teatro não podem ser totalmente abertas para que, juntos e misturados, possamos vivenciar as mais belas e variadas formas de artes.

Fazer da vida uma obra de arte é para todos nós, que estamos colocando nossas mãos em pincéis molhados com as mais variadas cores, sujando os jalecos de tinta, giz, canetas, e em tempos remotos, dormindo tarde e acordando cedo, trazendo tudo isso através da tela que está ao alcance das mãos, com o objetivo de que a que a obra de arte fique pronta a tempo.

 

Fazer da vida uma obra de arte é para todos nós, que buscamos a coragem, mesmo quando não a temos, e arriscamos na obra. Há muito tempo, entendemos que arte é expressar sentimentos, emoções, vivência e cultura. Como disse um estudante do 9°ano, é algo que a gente imagina, inventa… e como de fato, imaginamos, criamos e nos expressamos. Se realmente expressarmos o que nos é interno e transformamos em artes, em nossa vida, poderemos dizer, sem dúvida, que nossa experiência nos é prazerosa, como nos afirma Duarte Junior.

 

A experiência que a arte nos proporciona é, sem dúvida, prazerosa. E este prazer provém da vivência da harmonia descoberta entre as formas dinâmicas de nossos sentimentos e as formas do objeto estético. Na experiência estética os meus sentimentos descobrem-se nas formas que lhes são dadas, como eu me descubro no espelho. (DUARTE JUNIOR, 1983, p.60, apud LEITE, 2017).

A obra de arte é uma coisa mesmo incrível, e quando a imaginamos, não podemos de fato ter a certeza do resultado, mas à medida que vai sendo trabalhada, vai ali também transparecendo e traduzindo nosso ser.

 

De muitas perguntas que me fiz no início de texto, muitas delas ainda não tenho resposta, mas o que sei é que: a artista que virou obra de arte e foi os três elementos ao mesmo tempo, se expressou, se emocionou, vivenciou, experimentou, e sua obra perpetuará ao lado da coletânea de músicas, da escrita literária e da cena de grandes criadores. E nós, se ainda não fizemos, não podemos esperar mais!!! É preciso pegar os pincéis, tocar o acorde, abrir as cortinas, calçar as sapatilhas e fazer as rimas. Expressar sentimentos, hoje, talvez seja difícil, mas o que nos cabe é caminhar lado a lado, artistas, observadores e obras de arte.

 

Muito obrigado a você, Adriana Henriques, querida artista, que se viu em uma obra de arte.

 

Por Leandro Miranda Elias
Professor de arte/música

29/03: 472 anos da chegada da Companhia de Jesus ao Brasil

Nesta segunda-feira (29/03), celebramos os 472 anos da chegada dos primeiros jesuítas ao Brasil.

 

Carregando o legado de Santo Inácio de Loyola, a contribuição dos jesuítas para a sociedade brasileira transcende séculos, abre caminhos e vai ao encontro do lema “Em tudo amar e servir”, que inspira gerações de padres e irmãos.

 

 

Para o Diretor Acadêmico do Colégio dos Jesuítas, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, a principal importância da chegada dos jesuítas ao Brasil está na coerência da resposta ao convite de Jesus, esse Amigo e Companheiro nosso.

 

“Ide por todo mundo e a todos pregai o Evangelho’. Outra questão importante decorre da primeira: um amigo de Jesus sempre é enviado aos outros. Chegamos, não para sermos os ‘importantes’, para conhecer, servir e existir com os outros que nessas terras já estavam. Essas mais de quatro décadas de nossa chegada mostra o quão importante é saber chegar para ser comunidade do Senhor com os demais. Aportamos com o desejo de sermos com os demais um só coração e uma só alma. Por fim, acredito que um resumo da importância de nossa chegada é: chegamos mais para ser e fazer com os demais“, partilha o Diretor.

 

No mural virtual: Turmas do 3º ano/Fundamental deixam mensagens afetivas ao Colégio

Em março, mês do aniversário do Colégio dos Jesuítas, as turmas do 3º ano/Fundamental aprofundaram-se um pouco mais sobre a história da instituição e revisitaram os espaços da escola, por meio de um jogo da memória!

 

 

Ainda no clima de celebração, os estudantes deixaram mensagens ao Colégio em um mural virtual. O carinho demonstrado em cada recadinho, foto ou desenho nos mostra que “a nossa conexão vai muito além da presença física.”

Somos Jesuítas de coração!

 

Clique nos links abaixo e confira as homenagens das turmas

 

3º A

3º B

3º C

3º D

3º E

Pausas Inacianas: momentos, provações e reflexões

Um momento para sair do cotidiano dos estudos, olhar para a caminhada da vida, perceber seus sonhos, objetivos e aquilo que o faz esperançar. Esses são os objetivos das Pausas Inacianas, realizadas pela Formação Cristã do Colégio dos Jesuítas, nas três Unidades.

 

Por meio de músicas, texto bíblico, exercícios de imaginação, reflexão e partilhas, as Pausas promovem um tempo de deserto e ordenamento das emoções, trabalhando nas crianças e nos jovens a formação socioemocional e espiritual-religiosa. “Aproximam os estudantes do objetivo da formação Integral que, diante de tantas cobranças e obrigações, não encontram tempo para uma parada reflexiva e orante sobre a própria vida”, complementa o Agente de Formação Cristã da Unidade III, professor Angelo Márcio de Oliveira.

 

O educador também destaca que, seguindo o exemplo de Santo Inácio de Loyola, o momento dispõe aos estudantes à condição de peregrinos conscientes da caminhada, fazendo deles seres humanos que se sintam capazes de transformar o mundo em um lugar melhor, por meio dos dons que têm a oferecer.

 

Partilha

 

No decorrer dos encontros, os estudantes são convidados a partilharem uma consigna, frase que sintetiza a experiência vivida. Na ocasião, são relatadas pelos estudantes palavras como paz, alegria, esperança, coragem, força e perseverança, e também é mencionado o anseio de serem luz para iluminar o caminho de outras pessoas.

 

Em uma das partilhas, Angelo conta que uma estudante da 3ª série/Médio Integral relatou a ele que a Pausa contribuiu para que ela entendesse a necessidade de fazer as coisas com mais calma.

 

“A ideia da Pausa, já vislumbrando o ano Inaciano que se aproxima, é ajudar os estudantes a olhar a vida como caminho e assim possibilitar a eles momentos, provocações e reflexões para que possam eleger o que é essencial para carregar na bagagem. Fazer a experiência da Pausa à luz do Inácio Peregrino é ir, aos poucos, reconhecendo-se como cidadão que participa de rede global que transpõe as fronteiras do país e que, por isso, é responsável por promover a justiça e a paz no mundo”, finaliza o professor.

Antiga aluna conquista diploma de musicista internacional de flauta

A antiga aluna do Colégio dos Jesuítas, Edwirges Margarita da Silva Apolinário, foi premiada em uma competição/audição da “International Orchestra Auditions Awards”, um programa artístico e de treinamento da “Samnium International University of Music”, renomada universidade, localizada na Itália, formada por um grupo de músicos consagrados no panorama mundial da música Clássica – Sinfônica e Operística.

 

 

A jovem, que concluiu o Ensino Médio Integral em 2019, conquistou o 3º prêmio no concurso (realizado de forma remota e que contou com a participação de músicos de mais de 60 países), conferindo a ela um diploma de musicista internacional de flauta transversa.

 

 

Atualmente, Edwirges está realizando o curso de Música na Universidade Federal de Juiz de Fora e destaca que as experiências artísticas proporcionadas pelo Colégio, como o Coral e as aulas de Teatro, fizeram expandir sua linha de pensamento sobre as artes e a ajudaram a crescer como musicista e a entender a diferença que seu trabalho artístico pode fazer na vida de outras pessoas, pois, para ela, “a arte é importante a arte transforma, a arte traz vida!”.

 

 

“Minha fase no Colégio dos Jesuítas foi muito importante, já que desde nova eu tinha como objetivo principal estudar música. Conseguindo a bolsa no Colégio, eu tive melhores condições de estudar para os vestibulares e alcançar minha meta de ingressar na faculdade de música”, finaliza Edwirges.

 

 

O Colégio dos Jesuítas parabeniza a antiga aluna e deseja que sua caminhada seja repleta de realizações!