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Votos Solenes de Pe. Eduardo Severino, SJ, são professados na Capela Santo Inácio, do Jesuítas
Celebração presidida por Pe. Smyda, SJ, Provincial dos Jesuítas no Brasil, foi marcada por fraternidade e emoção
Jesuíta há 24 anos, Pe. Eduardo Roberto Severino, SJ, escolheu a Capela Santo Inácio, no Colégio dos Jesuítas, em Juiz de Fora, para professar seus Votos Solenes, ou Últimos Votos, na manhã deste sábado (9), num momento de grande emoção para toda a comunidade. Presidida pelo Provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, a celebração também contou com a participação de 14 jesuítas em atuação no país; amigos de Pe. Eduardo da comunidade eclesial; familiares; o Diretor da Rede Jesuíta de Educação, Prof. Fernando Guidini; o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Prof. Edelves Rosa Luna; o Diretor Administrativo do Jesuítas, Mauro Fortunato; o Coordenador de Formação Cristã, Marcelo Sabino; o Superior da comunidade jesuíta em Juiz de Fora, Pe. Marco Antonio, SJ; além de educadores da comunidade educativa local. Diretor Geral do Colégio Catarinense, Pe. Eduardo também compartilhou o momento com seus parceiros de Equipe Diretiva, o Diretor Administrativo, Fábio Pedro, e a Diretora Acadêmica, Louisa Schröter, e com o Superior de sua comunidade em Florianópolis, Pe. Élcio de Toledo, SJ.
“Depois desses 24 anos, escolho Juiz de Fora, porque não faz sentido professar os Últimos Votos fora de uma casa ou de uma obra apostólica da Companhia de Jesus. Escolho Juiz de Fora porque aqui há um Colégio, uma Capela e, também, porque está muito próximo da cidade de minha origem, onde mora minha família: Cataguases. É próximo de amigos que estão em Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. É um momento de juntos agradecermos ao Senhor por tantos dons e bens recebidos ao longo dessas décadas. Escolhi Juiz de Fora para estar junto dos meus, da comunidade educativa, de uma obra apostólica da Companhia, com a comunidade apostólica próxima, para ser recebido nesse corpo”, pontua Pe. Eduardo, destacando as muitas presenças importantes em sua trajetória, como a do Mons. José Carlos Ferreira Leite, que em sua juventude era pároco no Santuário Santa Rita de Cássia, em Cataguases.
Superior da comunidade jesuíta em Juiz de Fora, Pe. Marco Antônio, SJ, ressalta a importância da partilha que o momento representa na vida religiosa. “Para nossa comunidade é importante, porque manifestamos para ele a acolhida da Companhia de Jesus. É um motivo de alegria, de muito carinho e afeto. É alguém que entra em caráter definitivo e, para nós todos, é motivo de grande contentamento”, destaca. Diretor Geral do Colégio, Prof. Edelves Rosa Luna ressalta a relevância de a celebração ser feita na comunidade vocacional onde Pe. Eduardo iniciou sua caminhada. “Para nós, é motivo de muita alegria poder recebê-lo, bem como sua família, amigos e demais jesuítas, para este momento que renova em nossa comunidade a sua vinculação com a Companhia de Jesus, com os jesuítas e com a missão da Companhia de Jesus, que, em Juiz de Fora, tem um forte apelo à educação, muito embora seja diversa no mundo inteiro onde atua”, comemora.
“Ele nos enriquece como Companhia de Jesus”
Na vida religiosa na Companhia de Jesus, existem dois momentos em que o jesuíta professa votos: no início da formação, com os Votos Simples, e ao final da formação, diante da experiência como jesuíta, com os Últimos Votos, ou Votos Solenes. Os primeiros são aqueles nos quais o jesuíta aceita ingressar na Companhia de Jesus e manifesta o desejo de nela depositar sua energia, ainda que não esteja disponível para a missão, já que se encontra em formação. Os Últimos Votos, diferentemente, são realizados quando o jesuíta se encontra livre, com sua formação integral concluída, pronto para ser enviado para onde a Companhia escolher. “Neste momento, a Companhia o convida para fazer os Votos Solenes”, explica Pe. Marco Antônio, SJ, Superior da comunidade jesuíta em Juiz de Fora.
Somando 50 anos na Companhia de Jesus, quase 40 deles vivendo no Brasil, Pe. Smyda, SJ, Provincial dos Jesuítas no Brasil, destaca o modo de proceder próprio dos jesuítas, desde Santo Inácio, fundador da Companhia. “Qual é esse modo?”, indaga, para em seguida responder: “Antes de tudo, a disposição para a missão, para o discernimento, para seguir a voz de Jesus e do Senhor que nos chama. Essa resposta do jesuíta é confirmada, finalmente, pela Companhia de Jesus como uma instituição que quer o acolher definitivamente como jesuíta, como membro desse corpo apostólico. Quem decide é o próprio Padre Geral. Por isso é tão importante que os companheiros que convivem com esse jesuíta tenham certeza de que ele faz parte do nosso grupo, do nosso corpo, da alegria de viver como companheiro de Jesus.”
Esse corpo, segundo Pe. Smyda, transforma-se para melhor diante dos Votos Solenes de Pe. Eduardo. “Ele testemunhou, durante todos esses anos, o desejo enorme de preparar-se para a missão, espiritualmente e intelectualmente. É um grande e exímio homem que busca a espiritualidade inaciana, propaga e convida os outros a experimentarem o que Deus nos pede através dos exercícios espirituais. Ele guarda a sua negritude como testemunha de viver aquilo que a Companhia tanto preza: as raças, culturas, maneiras de ser e se encontrar como um corpo apostólico da diversidade de tudo”, celebra o Provincial. E finaliza: “Ele é um homem que nos enriquece como Companhia de Jesus, faz parte do corpo apostólico que nós queremos ser no mundo de hoje e, principalmente, no Brasil.”